Enquadramento
Sobre
O manual de boas práticas de higiene, segurança e saúde no trabalho apícola “Beekeeper Safety” nasce da necessidade, que existe atualmente, de dotar o setor apícola de princípios e procedimentos que visem a garantia de práticas de trabalho seguras.
A garantia de higiene, segurança e saúde nos locais de trabalho é um direito de todos os trabalhadores e também um imperativo constitucional. Atualmente, todas as matérias relacionadas com esta temática são consideradas de extrema relevância e transversais a todos os sectores de atividade. Contribuem para a diminuição de ocorrência de acidentes e doenças profissionais e, consequentemente, zelam pela qualidade das condições de trabalho. Esta característica é, vincadamente, um dos fatores fundamentais para o sucesso de um sistema produtivo.
Nesse âmbito, a promoção de um ambiente de trabalho mais seguro nas explorações e/ou empresas portuguesas que visa assegurar em simultâneo a produtividade das mesmas passa, necessariamente, por uma intervenção, na qual, sejam introduzidas medidas que validem a melhoria das condições de trabalho, nomeadamente, proporcionando informação e formação em boas práticas de segurança e saúde para empregadores e trabalhadores.
Relativamente ao sector apícola é fundamental que sejam reforçados os mecanismos de uma cultura de segurança, assente em sistemas de prevenção e proteção, tais como, promover o uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), planificar a prevenção em todas as suas atividades (instalação do apiário, inspeção de colmeias, maneio de ceras e material apícola, realização da cresta, transumância, produção de mel e outros produtos apícolas), identificar os principais riscos existentes no sector (acidentes físicos, de viação, doenças profissionais, etc.), promover a informação e formação dos trabalhadores, etc.. Estes sistemas permitirão melhorar, de forma sólida, a relação entre o apicultor e demais colaboradores e/ou trabalhadores e as suas atividades. Sendo este setor, uma área em ascensão, ainda que, composta maioritariamente por pequenas empresas, não existiu até hoje a necessidade de incorporar nos seus quadros, colaboradores com formação em segurança e higiene no trabalho. Na maioria das vezes recorrem a empresas externas que garantam os serviços mínimos, exigidos por lei.